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Oligoâmnio: como diagnosticar?

Escrito por Marina Braga

É definido como o volume de líquido amniótico abaixo do esperado para idade gestacional. Os dois principais mecanismos de oligoâmnio são a oligúria/anúria fetal e a rotura prematura das membranas ovulares.

A suspeita clínica é feita quando a altura uterina está menor que a esperada para a idade gestacional, mas o diagnóstico é feito pela ultrassonografia.

Podem ser utilizados critérios subjetivos que descrevem no laudo como líquido amniótico reduzido ou por critérios objetivos, quantitativamente, pela medida do índice líquido amniótico (ILA) ou medida do maior bolsão vertical (MBV). 

O  índice líquido amniótico (ILA) consiste na soma das medidas verticais dos maiores bolsões de quatro quadrantes da cavidade amniótica em centímetros. Diagnosticamos o oligoâmnio quando o valor é ≤ 5 cm.

O maior bolsão vertical consiste da medida do maior quadrante de líquido amniótico. É considerado oligoâmnio quando menor que 2 cm.

A técnica do ILA tem maior sensibilidade para detecção do oligoâmnio, com maior número de falsos positivos. Já o MBV tem menor número de falsos positivos. Dessa forma, a utilização da técnica do MBV, diante de ILA  ≤ 5 cm, reduz o número de intervenções médicas desnecessárias.

[Professora, favor confirmar se as duas técnicas têm maior número de falso positivo, é isso mesmo?] 

Referência

AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Committee on Obstetric Practice. Society for Maternal-Fetal Medicine. Medically indicated late preterm and early-term deliveries. ACOG Committee Opinion, n. 831. Obstetrics and Gynecology, Hagerstown, v. 138, n. 1, p. e-35-e39, jul 2021. DOI: 10.1097/AOG.0000000000004447.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.

MIYADAHIRA, Seizo. Vitalidade Fetal. In: Zugaib, Marcelo; Bittar, Roberto Eduardo; Francisco, Rossana Pulcineli Vieira (eds). Protocolos assistenciais, clínica obstétrica. FMUSP. 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2016. p.91-111.

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Marina Braga

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