O fibroadenoma é uma neoplasia mamária benigna cuja incidência é maior em mulheres jovens, em especial entre a segunda e a terceira décadas de vida. O fibroadenoma pode ser unilateral ou bilateral, em cerca de 10 a 15% dos casos. Ademais, podem haver múltiplos nódulos na mesma mama, muito frequente na fibroadenomatose juvenil. A malignização de tais lesões é rara e predomina entre os 40 e 45 anos.
Clinicamente, esta lesão se manifesta através de nódulos de crescimento insidioso, entre 2 a 3 cm de diâmetro, com margens bem delimitadas, forma arredondada, consistência fibroelástica, móveis, indolores e, em geral, perceptíveis à palpação da mama pela própria paciente. Seu crescimento, via de regra, é autolimitado e dependente de estímulos hormonais e parácrinos. A participação de fatores hormonais em seu desenvolvimento explica o aumento de tamanho rápido que o tumor pode obter durante a gestação e lactação, o que pode provocar dor.
Ao exame físico, é importante fazer o diagnóstico diferencial do fibroadenoma com outras duas lesões mamárias, baseando-se, primordialmente, nos critérios de mobilidade e consistência:
- Neoplasia mamária maligna: consistência pétrea e pouco móvel, em geral aderida a planos profundos;
- Cisto mamário: consistência firme devido à pressão exercida pelo líquido que o compõe, móvel e doloroso à palpação, sendo uma das principais etiologias de mastalgia acíclica.
Referência bibliográfica:
LUCARELLI, A. P. et al. Mastologia atual: da teoria à prática clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.
