Tratamento

Tratamento do prolapso genital

Escrito por Jader Burtet

Os prolapsos genitais são descensos das vísceras pélvicas causados pelo enfraquecimento do assoalho pélvico. Ocorrem em graus variados e podem provocar sintomas de abaulamento vulvovaginal, sensação de peso em região genital ou, ainda, queixas relacionadas à sexualidade. 

O diagnóstico é feito por meio do exame físico e aplicação do sistema Pelvic Organ Prolapse – Quantification (POP-Q). A abordagem terapêutica dos prolapsos genitais envolve medidas comportamentais, como adequação do peso, e tratamento das condições agravantes, como constipação. 

A fisioterapia muscular do assoalho pélvico é uma excelente abordagem inicial tanto para tratamento quanto para prevenção do prolapso genital. Pode também ser indicada para pacientes com queixas de incontinência urinária associada e para pacientes com desejo de gestar.

A abordagem cirúrgica envolve o tipo de distopia e a correção deve ser sítio-específica. Pacientes com prolapsos de parede anterior se beneficiam de colporrafia anterior, que consiste na identificação e correção do defeito na fáscia pubocervical.

Nas distopias de parede posterior, identifica-se e corrige-se o defeito na fáscia retovaginal — colporrafia posterior. Nos prolapsos uterinos, pode ser feita a histerectomia vaginal com fixação da cúpula no ligamento sacroespinhoso ou, ainda, a promontofixação, mesmos procedimentos realizados quando há prolapso de cúpula vaginal nas pacientes já histerectomizadas. Após a realização da histerectomia vaginal, é importante realizar a fixação da cúpula, pois a ocorrência de prolapso apical é grande caso não seja feita. Nos casos de prolapso de intestino delgado, pode ser feita a culdoplastia de McCall.

Nas pacientes com poucas condições cirúrgicas sem vida sexual ativa, é possível realizar a colpocleise (ou cirurgia de LeFort), que consiste no fechamento cirúrgico da vagina e é um procedimento mais rápido. Entretanto, nos casos de impossibilidade total de procedimento cirúrgico-anestésico por condições clínicas desfavoráveis, a melhor opção é o uso do pessário. Nos prolapsos estádios 1 e 2, podem ser usados pessários abertos, como o anel; já nos estádios 3 e 4, a melhor opção são os fechados, como o tipo donut. Quando há queixa de incontinência de esforço associada, pode-se optar pelo disco de incontinência (pessário com suporte para a uretra). Já os pessários do tipo Gellhorn podem ser usados para os prolapsos de cúpula vaginal.

REFERÊNCIAS

FERNANDES, C. E.; SÁ, M. F. Silva de (ed.). Tratado de Ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.

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Jader Burtet

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