Vacinação Vacinação na gravidez

Vacinação na gravidez

Escrito por Fabiano Serra

Vacinação na gravidez

As vacinas durante a gestação são essenciais para prevenir complicações materno fetais e dos recém-nascidos. Nos casos de influenza e pertussis, por exemplo, os bebês ainda não produzem esses anticorpos, mas ficam protegidos através dos anticorpos passados pela placenta e pelo leite materno das mulheres vacinadas. Essa proteção pode durar por mais de seis meses de vida do bebê. 

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), é recomendado que as gestantes recebam as vacinas contra influenza; hepatite B; difteria, tétano e coqueluche (dT e dTpa) e, mais recentemente, contra o coronavírus.

A vacina contra a influenza deve ser tomada em dose única anual, em qualquer idade gestacional. As grávidas são grupo de risco para complicações decorrentes desses vírus e a vacina protege também o recém-nascido.

A hepatite B é uma infecção cuja transmissão para os bebês ocorre através de mães infectadas (vertical) ou através do convívio domiciliar com pessoas infectadas (horizontal). A vacinação durante a gestação promove proteção contra o vírus da hepatite B, protegendo o recém-nascido até que sua imunização após nascimento esteja completa. O esquema vacinal para hepatite B é composto por três doses (0-1-6 meses) e pode ser iniciado em qualquer idade gestacional, sendo, muitas vezes, finalizado após o término da gestação. Nos casos de vacinação prévia, quando o esquema estiver completo (3 doses), não há necessidade de reforço vacinal. Se menos doses foram aplicadas, deve-se fazer as faltantes até que se complete 3 doses. 

A vacinação contra coqueluche durante a gestação é administrada de forma combinada com a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche). Tem como objetivo a prevenção de coqueluche em bebês menores de seis meses de vida, já que a evolução para quadros graves da doença e óbito é mais frequente nessa faixa etária. A vacina dTpa protege também contra o tétano neonatal e contra a difteria em gestantes. Em algumas situações, será necessária a aplicação de doses adicionais de dT, como abaixo:

  1. Gestantes com história de vacinação completa (3 doses ou mais) com a dupla bacteriana (difteria e toxoide tetânico – dT) ou que tenham recebido duas doses de dT na vida, devem receber somente uma dose de dTpa.
  2. Gestantes com somente uma dose de dT, deverão receber mais uma de dT e uma de dTpa.
  3. Gestantes sem nenhuma vacina dT prévia, deverão receber 2 doses de dT e uma de dTpa.

 Salienta-se que a dTpa deve ser realizada a partir da 20ª semana até 45 dias pós-parto e deverá ser aplicada em toda e qualquer gestação, mesmo que tenha esquema completo anteriormente e que já tenha tomado em outra gestação, independentemente do tempo passado desde a última gravidez.

A imunização contra o coronavírus foi a mais recente das recomendações do PNI e as grávidas podem – e devem – se vacinar, em qualquer idade gestacional, com a CoronaVac ou com a vacina da Pfizer, de acordo com o calendário atualizado. As vacinas de vetor viral (a da AstraZeneca e da Johnson) não devem ser utilizadas em gestantes. 

Vale ressaltar que existem algumas vacinas recomendadas em situações especiais, como em casos de gravidez com fatores de risco ou em situações epidemiológicas propensas como, por exemplo, as vacinas contra a raiva e a febre amarela e outras que são contraindicadas na gestação, mas que podem ser realizadas após o nascimento do bebê.

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